Nasce bebê gerado a partir de embrião congelado em 1992
Um embrião congelado no ano de 1992 foi finalmente gerado e nasceu no estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Batizada como Emma Wren Gibson, a bebê foi alvo de um processo de criopreservação na década de 1990 quando ainda era um embrião, e, em 2017, foi colocada no útero da norte-americana Tina Gibson, de 26 anos. Um comunicado à imprensa local frisou o acontecimento extraordinário que Tina experimentou, pois carregou dentro de si um embrião que foi concebido apenas 18 meses depois que ela nasceu. A transferência de embriões congelados foi efetuada pelo Centro Nacional de Doação de Embriões (NEDC), que informou ao Standard News Wire que cerca de 700 gravidezes, com embriões vindos dos mais diversos países, foram possíveis graças a esse tipo de programa de adoção. Foi a primeira vez que um embrião tão antigo terminou em caso bem sucedido.
Benjamin Gibson, o marido de Tina e, agora, pai da criança, surpreendeu-se e alegrou-se com a chegada da filha. “Emma é um milagre tão doce. Ela parece tão perfeita para estar congelada por tanto anos”, comentou em entrevista ao canal norte-americano CNN. A mãe teve a mesma reação. “Você percebe que eu tenho apenas 26 anos? Este embrião e eu poderíamos ter sido melhores amigos”, disse. O Dr.Jeffrey Kennan, diretor da NEDC, torce para que a história de Emma e sua família inspire outras pessoas a fazerem doações embrionárias. “É profundamente emocionante e altamente gratificante ver que os embriões congelados 24 anos atrás usando velhas técnicas podem resultar em 100% de sobrevivência”, explicou ele.
A recém-nascida veio ao mundo pesando pouco mais de 3kg e com um comprimento de 50cm. “Eu só queria um bebê. Não me importo se é um recorde mundial ou não. Nós fomos muito abençoados. Ela é um precioso presente de Natal do Senhor e estamos muito gratos”, reforçou Tina. Mesmo não compartilhando genes com a criança, Benjamin, que tem 33 anos, se disse encantado pela filha. “Assim que ela nasceu, eu me apaixonei por ela”, explicou. Os doadores entregaram mais quatro embriões, além de Emma, para serem fertilizados in vitro na década de 1990. Eles ainda estão aguardando para serem gestados.
A decisão de adotar um embrião foi tomada após problemas na concepção natural do casal. “Meu marido sofre de fibrose cística, então a infertilidade é comum. Diante disso, nós decidimos que estava na hora de adotarmos, e estávamos bem com isso”, pontua. Antes de tentar gestar Emma, eles tiveram contato com várias crianças até optarem pela transferência embrionária, bastante incentivada pelas famílias do casal. Depois de uma bateria de exames para verificar se o útero de Tina seria fisicamente capaz de receber Emma, os atuais pais da criança foram chamados pelo perfil de doadores que haviam escolhido e a gravidez aconteceu. O nascimento da bebê se constituiu um recorde mundial do embrião mais antigo que conseguiu vir ao mundo, nas condições de congelamento.