Mulher forja próprio sequestro e pede R$ 2 mil de resgate

Polícia Civil/Divulgação

Quando pensamos que já vimos de tudo, aparece o caso de uma mulher, professora municipal na cidade de Sobral, no Ceará, que foi presa por forjar o próprio sequestro e pedir recompensa de R$ 2 mil aos seus familiares. Tudo isso foi justificado como uma “brincadeira” para “chamar a atenção da família”.

Daiane Souza Silva, 23 anos, estava dentro de um barraco, no centro de Sobral, quando foi encontrada pela polícia. Junto com ela, estava o dono do local (e cúmplice) Michel Platini Rodrigues. Ambos foram presos. A professora deixou sua residência no dia 9 de maio de 2017, dizendo aos familiares que iria para a casa do namorado, em Sobral. Na noite do mesmo dia, ligou para a mãe chorando, dizendo que havia sido sequestrada.

“Ela ligou para a família e disse aos prantos que tinha sido sequestrada e que por isso não tinha chegado à casa do namorado. Nós só soubemos do suposto sequestro no dia seguinte, por volta das 7h, quando a irmã dela veio até a delegacia registrar a ocorrência. No celular dela tinham fotos da Daiane amordaçada e áudios dos supostos sequestradores”, informou o inspetor Leonardo Menezes, da Delegacia Municipal de Sobral, de acordo com o jornal Extra.

Ela foi achada no fim do dia 10 de maio. Nos áudios enviados para o celular da irmã, Daiane fingia ser uma sequestradora, alterando sua voz e falando em nome de uma facção criminosa. “Nos tâmo com a gata aqui, mano. Nós quer dois mil real pra ela. Aqui é o comando, é nós que manda”, dizia um trecho do áudio. Nele, a professora ainda afirmava que o pagamento deveria ser efetuado dentro de 24 horas e que a família não deveria chamar a polícia.

Apesar de ter efetuado as buscas, a polícia afirma que, desde o início da história, estranhou o suposto sequestro. “É um valor de resgate muito baixo. A vítima (irmã de Daiane) e o namorado dela estavam desesperados. A mãe ficou na cidade dela, cuidando da filha de Daiane, que tem três anos. Os amigos de trabalho já tinham feito uma vaquinha para pagar o resgate”, explicou Leonardo Menezes.

No desfecho da história, conta o delegado, o namorado de Daiane sequer quis falar com ela e a irmã questionava o tempo inteiro: “Por que você fez isso? E a sua filha?”. a professora disse que sofre de depressão e problemas psicológicos. Ela e o cúmplice responderão por extorsão qualificada, que pode gerar entre quatro e dez anos de prisão. Não há informações sobre possível fiança, nem se a família estaria disposta a pagar.

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