Ministério da Saúde teme novo surto de Zika no Nordeste

Pixabay/Reprodução

Dados do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde apontam para um possível novo surto de zika no Nordeste em 2017. De acordo com a BBC Brasil, uma revisão de método de estudo avaliou que 51% da população ainda não teve contato com o vírus e é vulnerável ao novo surto, percentual diferente dos 80% que o ministério acreditava no método anterior de pesquisa.

“Aquele estudo tinha muitas lacunas de metodologia e de amostra. Com base na nossa observação cotidiana dos casos já percebíamos que aqueles dados não eram coerentes”, disse, o membro do comitê, Carlos Brito, ao site da BBC. “Havia uma percepção de que a maioria da população estaria imune ao vírus após o primeiro surto, mas agora isso caiu por terra. Devemos acender o alerta”.

E o cenário pode ser pior. Mesmo com a revisão dos dados e o medo do novo surto, não há evidências concretas de que as pessoas que já foram infectadas estejam realmente imunes. “É o que acontece com as arboviroses, mas ainda não há certeza no caso do Zika”, explicou Brito.

Revisão
Após revisão dos dados do estudo da epidemia de Zika na Polinésia Francesa, foi revelado que o vírus ataca cerca de 49% de uma população no primeiro contato. Por isso, cientistas brasileiros temem o retorno do vírus em 2017 ou 2018 entre os 51% restantes que não entraram em contato com a doença.

A princípio, os pesquisadores acreditavam que, ao entrar em contato com uma população que não foi exposta a ele ainda, o vírus Zika teria capacidade de atacar 80% das pessoas. Por esse motivo, os cientistas achavam que boa parte da população brasileira já estaria imunizada. Esta estimativa, feita pela OMS e utilizada pelo Ministério da Saúde, se baseava em um estudo sobre o surto de Zika nas ilhas Yap, na Micronésia.

 

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