Metade dos que fazem redução de estômago tem melhoras na vida sexual

Pixabay / Reprodução

Quando o assunto é cirurgia bariátrica, as opiniões se dividem entre os benefícios e riscos para a saúde. Uma pesquisa feita por uma aluna do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostra que 94,1% dos que passaram pelo procedimento de redução de estômago apontam melhorias em diversos pontos, como auto estima, relacionamentos sociais e até mesmo na vida sexual.

A pesquisa, nominada “Avaliação da qualidade de vida, perda de peso e comorbidades de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica“, defendida por Christiane Ramos Castanha, foi realizada no Ambulatório de Cirurgia do Hospital das Clínicas da UFPE. A qualidade de vida de 103 pacientes foi avaliada a partir dos parâmetros da autoestima, relacionamento social, disposição para realizar atividades físicas, interesse em sexo e disposição para trabalhar. Além destes, os pacientes apresentaram resolução de 70,8% para hipertensão, 80,7% para diabetes, 8,8% para dislipidemia e 90,2% para apneia do sono, após a cirurgia.

Os resultados da pesquisa apontaram que a qualidade de vida após a cirurgia foi classifica como “excelente” em 32% dos casos, “muito boa” em 37,9%, “boa” em 23,3%, “moderada” em 5,8% e “insuficiente” em 1,0% dos casos. Também foram avaliados as melhorias após a cirurgia, onde 94,2% dos pacientes indicaram aumento de autoestima, 90,3% na frequência de atividades físicas, 55,3% melhoraram os relacionamentos sociais, 79,6% sentem-se mais capazes de trabalhar e 51,4% apontaram que o interesse sexual está melhor ou muito melhor.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é o segundo maior fator de risco para o desenvolvimento de doenças como diabetes, problemas ortopédicos e distúrbios psicológicos, na América do Sul. O que muitas pessoas não entendem, de acordo com a autora da pesquisa, é que o tratamento da obesidade, é feito em várias etapas, a partir da aceitação do paciente para a mudança do estilo de vida. “O tratamento cirúrgico só é indicado após o fracasso de tentativas de emagrecimento com métodos conservadores. A cirurgia é realizada após análise de diversos aspectos clínicos realizada por uma equipe multidisciplinar”, explica a pesquisadora Christiane, que é graduada em Enfermagem e em Ciências Biológicas.

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