Mãe faz “vaquinha” para enterrar filho morto há 10 dias

Angélica Ribeiro - Arquivo Pessoal

Uma mãe de Brasília, no Distrito Federal, precisou fazer vaquinha na internet para enterrar o filho de dois anos que morreu por complicações da síndrome de Dandy Walker, doença rara responsável por danos no cérebro, que limita movimentação do corpo. O pequeno Miguel vivia no hospital desde que nasceu. Sem emprego e com outro filho mais velho para criar, Angélica Ribeiro acumulou uma série de dívidas para cuidar do garoto e recusou o serviço de sepultamento ofertado pelo governo porque o corpo do menino seria exumado em três anos. “Cemitério é apenas um comércio. Uma jazida vai garantir a paz que ninguém vai retirar do meu filho”, afirmou a mulher em entrevista ao portal UOL.

A vaquinha virtual logo levantou cerca de R$ 15 mil, dinheiro além do pedido pela mulher. Quando ela soube que não poderia retirar em menos de 14 dias, precisou pedir ajuda para vizinhos, amigos comerciantes e até mesmo ao serviço funerário. Contando com todos, ela arrecadou R$ 3,2 mil, suficientes para pagar as primeiras despesas. A funerária arcou com o transporte e com as roupas do garoto. Quando conseguir tirar o dinheiro restante, Angélica deve utilizá-lo para pagar dívidas de aluguel e alimentação. “Quero agradecer a todos que ajudaram, não tive oportunidade de dizer que sou extremamente grata”, afirmou.

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