IBGE divulga levantamento dos nomes mais comuns de PE e do Brasil, de 1930 a 2000
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 27 de abril de 2016 o inédito projeto Nomes no Brasil, um levantamento sobre os nomes próprios mais frequentes no país, desde os anos anteriores a 1930. A ferramenta organiza as informações por sexo, década, estado e município.
Em todos os tempos, o Brasil viu nascer 11,7 milhões de Marias e 5,75 milhões de Josés, os nomes mais populares da lista. Em Pernambuco, a tendência foi a mesma, com 836 mil mulheres chamas de Maria e 494 mil homens batizados de José. Segundo o Censo Demográfico de 2010, existem cerca de 200 milhões de habitantes no país, com mais de 130 mil nomes diferentes.
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Os 10 nomes mais populares desde o ano 2000
Maria 11.734.129 pessoas
Jose 5.754.529 pessoas
Ana 3.089.858 pessoas
Joao 2.984.119 pessoas
Antonio 2.576.348 pessoas
Francisco 1.772.197 pessoas
Carlos 1.489.191 pessoas
Paulo 1.423.262 pessoas
Pedro 1.219.605 pessoas
Lucas 1.127.310 pessoas
Os dados do projeto estão disponíveis para consulta na plataforma Nomes do Brasil, desenvolvida pelo IBGE e no aplicativo oferecido gratuitamente para Android e, em breve, para IOS. Através deles, é possível observar a mudança de comportamento dos brasileiros em relação aos nomes. Nomes como Rian, Enzo, Kailane, Sophia e Cauã, que cresceu 3.924%, segundo o instituto, devido ao sucesso do ator Cauã Reymond, tornaram-se mais populares nos anos 2000. Já celebridades como Ronaldo e Romário vem perdendo o prestígio com quedas de, respectivamente, quedas de 67% e 91%.
A contragosto, o sobrenome de um rival tronou-se febre: Riquelme, sobrenome do meia da seleção argentina, foi o 2º nome masculino com o maior crescimento nos anos 2000, tendo crescido 6.894% em relação a 1990. Curiosamente, os brasileiros preferem escrever o nome com “K” e Rikelme aumentou em 10.057%, o maior crescimento.
Os brasileiros vêm perdendo a predileção por “Francisco”, que, nos anos 2000, pela primeira vez, não está entre os 10 nomes mais escolhidos. O IBGE aponta que alguns nomes estão caindo em desuso, como Alzira, que antes de 1930 aparecia 8.132 vezes e só apareceu 288 vezes nos anos 2000. Para o sexo masculino, Oswaldo aparecia 1.335 vezes até 1930, caindo para 235 registros nos anos 2000. Nomes tradicionais como Geralda, Severina, Avelino e Waldemar também vêm perdendo o prestígio.