Gado extinto idealizado por nazistas é “ressuscitado”

Wikimedia/Reprodução

Uma espécie de bovino extinta, que era reverenciada por Adolf Hitler e nazistas, pode voltar à vida. Trata-se dos auroques, tipo de gado gigante – chegando a mais de 2 metros – extinto em 1627, que passaram milhares de anos sendo os maiores mamíferos da Europa. Essa espécie era considerada um tipo superior de bovinos, encaixando-se nas propagandas nazistas como símbolo de pureza racial e poder. Os genes dos auroques são encontrados em várias vacas e touros europeus, permitindo, por meio da engenharia genética, a criação de uma prole bastante similar a esses ancestrais.

O projeto Taurus, iniciado em 2008, é o responsável por trazer de volta a espécie. Segundo o ecologista Ronald Goderie, chefe do Taurus, o objetivo é buscar um elemento que possibilite um equilíbrio ecológico. ”Precisamos de um herbívoro completamente resistente a predadores, ainda fazendo um trabalho de jardinagem em várias áreas selvagens”, declarou Ronald à CNN. O auroque, também conhecido como bisão europeu, se encaixa muito bem nesses parâmetros.

O genoma dos auroques foi completamente sequenciado na University College Dublin, permitindo a recriação do gado. Já há a quarta geração da espécie, que se aproxima muito mais ao animal original do que as anteriores. Segundo Goderie, a prole desejada deve ser obtida na sétima geração, prevista para chegar em 2025.

Essa não é a primeira vez que tentam trazer a espécie de volta. Autoridades nazistas solicitaram aos zoologistas Heinz e Lutz Heck que criassem uma espécie bovina superior a partir dos genes de auroques. Foi produzida a raça conhecida como Super Heck, que possuía dimensões menores que as do bisão europeu. As últimas Super Hecks foram sacrificadas em 2015 por um fazendeiro britânico, pois o gado apresentava uma agressividade intensa.

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