Estudo revela lista de desejo de pacientes terminais pouco antes da morte

Creative Commons/Max Pixel

Se você soubesse que morreria amanhã, o que faria? Qual seria seu último desejo? Enfermeiras especializadas em cuidados paliativos de pacientes com câncer do hospital da Universidade Royal Stoke, no Reino Unido, têm algumas histórias de pessoas que se questionaram isso e partiram sem aflição, contanto que realizassem o último desejo.

Nos momentos finais, os pedidos são os mais variados. Vão desde o drink preferido ou uma simples xícara de chá a ver o cachorro de estimação ou dar as mãos ao grande amor da vida. Essas pessoas enfrentam o medo de maneira serena e acabam deixando uma verdadeira lição para as profissionais de saúde que as acompanharam. A enfermeira Massey, por exemplo, não esquece de um paciente que – há muitos anos – estava morrendo e parcialmente consciente. “Ele disse que estava feliz de morrer, porque havia tido um vislumbre do céu e que era um lugar maravilhoso e não tinha mais medo de partir”, contou em entrevista à BBC.

Outro caso emocionante foi o de um casal de idosos. A mulher estava internada em uma ala de cirurgia bastante movimentada e seu marido também estava doente. Eles só queriam que suas camas ficassem juntas. “Deitados um ao lado do outro, de mãos dadas, os vi cantando juntos. Os dois morreram naquela ala, com dez dias de diferença”, narrou a enfermeira Angela Beeson.

Na hora de encarar o fim, as enfermeiras preparam os pacientes para a morte. E, nesse aspecto, deixam claro que isso não significa sentir dor. A família presente no local, portanto, é fundamental para tornar o local mais agradável na hora de seus parentes deixarem a vida.

Em outros casos, as pessoas têm espécies de “premonições”. Outra enfermeira, Morgan, relatou que pessoas já disseram que completaria 80 anos em algumas semanas e, após o aniversário, iriam partir. E, realmente, ela viu isso acontecer. Mas, independentemente da mística por trás morte, o que esses diálogos antes de partir geram mesmo é a reflexão. “Com frequência, as pessoas trabalharam muito. Determinaram uma data para se aposentar e pensam que ficaram doentes justo neste momento e não tiveram tempo suficiente para aproveitar e fazer as coisas que gostam”.

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