Estudantes brasileiros desenvolvem farinha feita com baratas

RBSTV/Reprodução

Estudantes da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, desenvolveram uma farinha feita a partir de baratas. Usando baratas da espécie Cinéria, eles moem e peneiram os insetos já desidratados, obtendo a farinha, que poderá ser usada em bolos, pães, barrinhas de cereal. A pesquisa foi feita com o objetivo de encontrar alternativas ao consumo de carne e outros alimentos que poderão ser escassos no futuro.

As baratas são provenientes de um criadouro de insetos localizado na cidade de Betim, Minas Gerais. Ela são criadas para serem usadas como ração de animais, de maneira asséptica. A produção dessa farinha pode trazer vantagens ambientais e saudáveis. “Como a ONU estima que até 2050 a população mundial vá crescer em até 9,2 bilhões de habitantes, não existe área de terra disponível para produzir todo o gado e para que tenha quantidade de proteína suficiente para necessidade populacional. Então os insetos, além deles ocuparem menos espaço e serem mais ecológicos, eles suprem essa falta de proteína”, declarou a engenheira química de alimentos Laura Monegon ao portal G1.

Apesar de não ser popular no Brasil, a cultura de comer insetos existe em regiões da África, Ásia e do México, além de ser comum entre os povos indígenas. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) já recomendou o consumo de insetos comestíveis em um relatório.

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