Estudante de 16 anos cria reservatório de água a partir de cascas de frutas para combater seca

Uma estudante de 16 anos criou um polímero superabsorvente que deve ser testado no combate à seca. O produto, criado pela sul-africana Kiara Nirghin, é feito à base de casca de laranja e abacate e é capaz de absorver centenas de vezes mais água que o próprio peso, formando reservatórios.

Kiara Nirghin/Facebook

Com o polímero, agricultores poderiam manter suas colheitas a um custo mínimo. As informações são do site da CNN. Em 2016, a África do Sul enfrenta a maior seca de sua história. Oito das nove províncias do país estão em estado de calamidade, com milhões de famílias enfrentando a escassez de água, situação semelhante a vivida por milhares de brasileiros, principalmente no Nordeste do país.

Niara estuda em uma escola na capital Joanesburgo e, com a ideia, venceu o Prêmio de Impacto Comunitário, organizado pelo Google no Oriente Médio e África. O polímero criado por ela, além de armazenar água, o faz de forma sustentável, uma vez que todos os componentes são reciclados e biodegradáveis. “Kiara encontrou um material ideal a um custo baixo por meio de sua pesquisa”, afirmou Anfrea Cohan, líder do programa de Feira de Ciências do Google.

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“Eu queria minimizar o efeito que a seca tem sobre a comunidade e a principal coisa afetada são as plantações”, disse Nirghin. Ela conta que o processo é resultado de uma sequência de tentativas e erros, com experimentos de diversos tipos até encontrar a fórmula perfeita. “Comecei a pesquisar polímeros super absorventes e percebi que todos eles têm em comum uma molécula de polissacarídeo de cadeia. Descobri que a casca de laranja tem 64% desse polissacarídeo e vi isso como uma boa opção”, conta. A mistura com a casca do abacate veio na sequência para formar a substância.

A garota tem agora o auxílio de um mentor do Google para que desenvolva a ideia até colocá-la em prática. “Se a ideia for comercializada e aplicada em fazendas eu acredito que o impacto da seca sobre as plantações será reduzido”, aponta a estudante. “Acredito que o polímero funciona”, aponta Jinwen Zhang, professor de engenharia de materiais na Universidade de Washington.

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