Escola pede bilhete suicida como lição de casa e revolta pais de alunos

Wikipedia / Reprodução

Uma lição de casa passada aos alunos do 8º ano da Thomas Tallis School, colégio de Londres, na Inglaterra, gerou revolta nos pais das crianças de 12 a 13 anos de idade. Um professor de literatura pediu aos alunos que eles escrevessem um bilhete suicida baseado na tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare.

Segundo a escola, a intenção da atividade era que os alunos entendessem a história dramática da peça, colocando-se no lugar de Macbeth ao escreverem um bilhete explicando as razões pelas quais tirariam a própria vida. De acordo com o professor, o método é conhecido nas aulas de literatura. Porém, muitos pais ficaram indignados com a proposta. A mãe de uma das garotas da turma disse que escrever o bilhete foi uma tarefa muito difícil para a menina, que já presenciou o suicídio de um amigo. “Foi totalmente inapropriado. Acredito que o tema deve ser discutido, mas em um ambiente de apoio. Minha filha ainda não superou a perda de seu colega e continua recebendo acompanhamento de um psicólogo. Tudo isso foi muito insensível”, disse a mãe ao Telegraph.

Após ser bombardeada por críticas de pais e outras pessoas, a escola resolveu ir a público pedir desculpas pelo ato. Confira a nota publicada na página oficial da escola no Facebook, por Carolyn Roberts, professora chefe da Thomas Tallis School:

“O professor que passou o exercício é muito experiente. Agradecemos que o exercício tenha perturbado a família e tenha discutido o assunto e a abordagem com o corpo docente. Eu me encontrei com os pais na semana passada e me desculpei de todo o coração em nome da escola e os tranquilizei sobre as ações que foram tomadas. Os pais aceitaram as desculpas em uma reunião que foi amigável e cordial. Nós nos preocupamos profundamente com o bem-estar emocional de nossos alunos e, claro, não desejamos nenhum sofrimento para qualquer um deles – tudo o que podemos fazer é realizar discussões e debates sobre tópicos como estes de forma favorável e sensível. Se estivéssemos cientes de qualquer aluno que teria definido o exercício como perturbador, é claro que teríamos uma abordagem diferente. Ouvimos as preocupações levantadas por este debate e não faremos o exercício novamente. Peço desculpas novamente, por qualquer dificuldade que isso possa ter causado à família”.

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