Empresa aérea erra destino de criança que viajava sozinha

Wanderson Romão/Facebook

O professor universitário Wanderson Romão, de 32, passou por um momento de aflição após descobrir que seu filho de seis anos não havia embarcado no voo esperado. A criança, que viajava sozinha, havia sido deixada no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, pela sua mãe, com destino a Vitória, onde encontraria o pai. No entanto, devido a um erro da companhia aérea Gol, o menino foi parar em Curitiba, deixando Wanderson sem notícias por aproximadamente uma hora.

O caso aconteceu no dia 2 de dezembro de 2016. Segundo uma publicação em seu perfil do Facebook, Wanderson esperava a companhia de seu filho para comemorar seu aniversário, no dia seguinte à sua chegada. A mãe da criança, de quem é separado, deixou o filho no aeroporto do Galeão às 16h, sob os cuidados dos funcionários da empresa. Entre os documentos que a criança carregava, havia um documento do juiz que permitia que seu filho viajasse sozinho apenas para o Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, onde possui familiares. Era a primeira viagem sozinha que ele fazia.

“Frustrante, não? E quem fez a descoberta desse absurdo fui eu, o pai da criança, que ao notar o desembarque do voo que chegava em Vitória as 18h20, percebi que meu filho não havia saído do avião e não estava presente no voo 2160. Foram as piores horas da minha vida, pois percebi que meu filho havia desaparecido”, relatou, na publicação que já atingiu mais de 122 mil compartilhamentos no Facebook. A taxa do serviço de acompanhamento custou R$ 100, acumulando um total de $750 com as passagens de ida e volta. Ainda de acordo com Wanderson, ele havia recebido cinco e-mails que monitoravam o filho, dos quais dois confirmavam sua entrada no avião no voo Rio/Vitória.

Wanderson chegou a acionar um agente da Polícia Federal que estava no aeroporto. Somente uma hora depois ele obteve a informação de que a criança havia embarcado em Curitiba, no Paraná, sem nenhuma pessoa ao lado da cadeira e sem autorização judicial para ir até o Estado. “O que era pra ser um voo de 45 min se transformou em um voo de 1h30 e em um filme de terror. A criança estava com medo, havia chorado durante o voo de ida”, afirmou.

Ainda segundo Wanderson, apesar de ter pago a taxa de acompanhante, o serviço não foi prestado. Como solução, a GOL deu a opção de que a criança fosse encaminhada para Vitória através de uma Conexão Curitiba/Rio de Janeiro/Espírito Santo. Para poupar o filho, Wanderson decidiu que ele ficasse no Rio de Janeiro, onde chegou às 21h, totalizando quatro horas de viagem. “Meu filho de seis anos relatou para mim que ele descobriu através dos funcionários da GOL que estava no voo errado: ‘Pai, eles falaram coisas feias, palavrões, na minha frente'”, disse.

Através de um vídeo em sua página oficial do Facebook, o vice-presidente de operações da Gol publicou um vídeo pedindo desculpas aos pais e à criança, reconhecendo o erro. “Nós estamos muito desapontados, todos nós da Gol. Eu, além de vice-presidente de operações da Gol, também como pai e avô. E mais uma vez enfatizo que pedimos desculpas por esse ocorrido”, disse.

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