Cientistas desenvolvem prótese de retina que recupera visão danificada

Pixabay/Reprodução

Problemas de retina podem gerar complicações que as pessoas lidam pelo resto da vida. Redução da visão ou até mesmo cegueira estão entre as consequências recorrentes. Mesmo quem não tem nenhuma condição genética, ao sofre algum acidente corre risco de que as fotocélulas da retina morram com o tempo. Pensando nisso, o Instituto de Tecnologia Italiano buscou uma solução para essas condições: uma lente que funciona como prótese de retina.

Até o momento, cirurgias delicadas e arriscadas eram a única solução para esse tipo de problema. Porém, com a prótese, que promete substituir a retina real, pode acabar a necessidade de interferências cirúrgicas. Ela é feita com uma camada fina de polímero eletronicamente condutor, um subtrato baseado em seda e um polímero semicondutor e é capaz de absorver fótons quando a luz entra pela pupila. Esses fótons geram uma corrente elétrica e vão até o fundo do dispositivo e, posteriormente, para dentro dos neurônios retinianos que fica no nervo ótico.

Ao inserir esse dispositivo no olho de ratos que tinham a retina deteriorada, a equipe de pesquisadores testou a resposta da pupila sob condições de luz baixa. Ao que a luz cai na retina com diferentes intensidades, a resposta do olho é expandir ou diminuir a pupila para controlar a quantidade de luz que penetra a retina. Assim, os ratos com as pupilas que responderam melhor ao experimento são aqueles que tem as retinas as sensíveis, mesmo sendo artificial.

Em condições de luz muito baixa, como a luz da lua cheia, os ratos com implantes não responderam mais do que os ratos com retinas danificadas. No entanto, ao simular a luz do sol se pondo, a resposta dos ratos foi essencialmente como a resposta dos ratos com retinas saudáveis. De acordo com o site científico IFLS, o implante funcionou por dez meses, mas ainda não está claro como é a qualidade da imagem das retinas artificiais. A viabilidade da prótese em humanos ainda precisa de estudos biológicos mais aprofundados. Mesmo assim, os cientistas pretendem fazer testes em humanos ainda esse ano.

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