Cientistas afirmam que novo teste tem 98% de precisão no diagnóstico do autismo

Hepingting-Flickr/Reprodução

As pesquisas sobre o Transtorno do Espectro Autista, já há algum tempo, revelaram que as crianças que desenvolvem essa condição possuem certas diferenças em seus processos metabólicos. Porém, até agora, nenhum desses resultados havia gerado técnicas eficazes para um diagnóstico precoce. Isso pode ter mudado com o novo método desenvolvido pelos cientistas do Rensselaer Polytechnic Institute, de Nova York. Segundo eles, seu pioneiro teste sanguíneo pode determinar a propensão de uma criança ao autismo anos antes de os sintomas se desenvolverem, com cerca de 98% de precisão. As informações foram divulgadas pelo jornal britânico Daily Mail.

Hoje, para se fazer o diagnóstico das chamadas crianças neurotípicas, são necessários vários médicos de diferentes especialidades. Mas a equipe liderada pelo Professor Juergen Hahn encontrou fortes evidências de que crianças portadoras de autismo tendem a apresentar altos níveis em marcadores metabólicos como unidades de carbono folato-dependentes e transulfuração; e que esses sintomas que podem ser detectados em exames de sangue.

O estudo conduzido pela equipe de Hahn utilizou amostras sanguíneas de crianças entre três e dez anos de idade; 83 delas eram portadoras do transtorno, enquanto outras 76 não apresentavam sintoma algum. Utilizando modernas técnicas de modelagem e análise, os pesquisadores foram capazes de diagnosticar crianças autistas com uma taxa de acerto de 97,6%.

Hahn afirma que ainda são necessárias outras pesquisas para uma confirmação definitiva da eficácia do método. Caso esses resultados sejam reafirmados por testes posteriores, o caminho pode estar aberto para que o tratamento do autismo seja iniciado mais cedo. Além disso, os cientistas também pretendem analisar se o uso de medicamentos que alterem os níveis de transulfuração e de unidades de carbono folato-dependentes pode ter impacto sobre o desenvolvimento dos sintomas do transtorno.

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