Cientistas acreditam que vírus Zika pode curar tumor cerebral

Wikimedia/Reprodução

De acordo com cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o vírus Zika poderia ser usado no tratamento de tumor cerebral. Em estudo, eles vão testar o efeito do vírus na glioblastoma, a forma mais comum e agressiva de turmo no cérebro.

Cerca de 2,3 mil pessoas são diagnosticadas, por ano, com esse tipo de câncer na Inglaterra e menos de 5% sobrevivem mais de cinco anos, segundo o portal de notícias da BBC Brasil. Os cientistas vão tentar confirmar se o Zika consegue obstruir as células cancerosas no cérebro.

Os tratamentos existentes contra o glioblastoma são limitados por causa da incapacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, estrutura que atua principalmente para proteger o sistema nervoso central. Outro problema de lutar contra esse tipo de câncer é que as doses do tratamento devem ser mantidas baixas, pois pode haver dano ao tecido saudável.

No entanto, o vírus Zika consegue atravessar essa barreira hematoencefálica e poderia atingir as células cancerosas, poupando o tecido cerebral adulto normal e atacando a doença. “Esperamos mostrar que o vírus Zika pode retardar o crescimento do tumor cerebral em testes de laboratório. Se pudermos aprender lições a partir da sua capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica e atingir as células-tronco seletivamente, poderíamos ter na mão a chave para futuros tratamentos”, explicou o pesquisador da Universidade de Cambridge, Harry Bulstrode.

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