Cientistas comprovam que sentir raiva quando está com fome é normal

Public Domain Pictures/Reprodução

Quando sentimos muita fome, ou ficamos sem comer por muito tempo, o nível de glicose no nosso sangue cai tornando mais difícil a concentração e aumentando o nível de estresse. É isso o que explica a coluna do neurocientista Simon Oxenham desse mês no site New Scientist.

Oxenham explica que a quantidade reduzida de açúcar no sangue aciona a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina, além do neuropeptídeo Y – um neurotransmissor que faz com que as pessoas fiquem mais propensas a agir de forma agressiva. Dois estudos foram realizados. Um consistia em pedir aos casais que colocassem alfinetes em bonecos de vodu dos parceiros, traduzindo o nível de raiva que um sentia contra o outro. A partir disso, eles competiam entre si e o ganhador podia gritar barulhos irritantes no ouvido do perdedor. Paralelo a isso, os cientistas analisavam a quantidade de glicose no sangue de cada participante. Por fim, concluíram que, quando mais baixo o nível de açúcar, mais duradouros eram os barulhos irritantes e mais alfinetes eram espetados nos parceiros.

Outro estudo chama-se “hanger”. Esta, parte do princípio que os juízes tendem a dar sentenças mais severas quanto mais próxima do horário de almoço a sentença acontece. Tal pesquisa ainda não foi realizada e a pesquisadora Andreas Glöckner sugere uma explicação alternativa. Ela acredita que os juízes programam casos não tão simples se prolongam até o horário do almoço, fazendo com que as frases menos brandas sejam, de fato, aplicadas nesse horário. No mais, o conselho de não tomar decisões importantes com o estômago vazio já faz parte dos valores de muitas pessoas.

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