Camada de ozônio se recupera após redução da emissão de gases

Wikimedia Commons/Reprodução

Em 1987, mais de 150 países assinaram o Protocolo de Montreal, se comprometendo a reduzir a emissão dos gases CFC, que atingem a camada de ozônio, abrindo um buraco nela. Alguns anos depois, em 2016, cientistas da Nasa verificaram que o buraco criado vem diminuindo, mas a causa ainda não era certa. Em janeiro de 2018, a agência espacial divulgou que a redução foi realmente fruto da menor quantidade de cloro emitida, fruto dos gases CFC.

A camada de ozônio, localizada na estratosfera, é de vital importância contra os efeitos nocivos dos raios ultravioletas (UV). O buraco estava localizado na região da Antártida. As medições, feitas a partir do satélite Aurora, em órbita desde 2004, mostraram que houve uma redução de 20% da depleção da camada de ozônio desde 2005. Uma sonda de micro-ondas chamada de MLS, a bordo do satélite, mediu os níveis de gases atmosféricos durante o inverno do hemisfério sul na Antártida, quando a depleção da camada depende apenas da ação do cloro, comprovando que a redução dos gases é realmente responsável pela diminuição do buraco.

“CFCs têm um tempo de vida entre 50 e 100 anos, então eles devem continuar na atmosfera por um bom tempo”, explicou Anne Douglass, co-autora do estudo, feito no Centro de Voo Espacial Goddard, para o site da NASA.  A previsão é de que ele seja fechado entre 2060 e 2080, com chance de ainda haver uma pequena abertura. O estudo foi publicado na revista Geophysical Research Letters.

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