Mais da metade das brasileiras erra no uso de anticoncepcionais

ANQA / Pixabay

Uma análise feita pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) divulgou dado preocupante sobre o uso da pílula anticoncepcional entre as brasileiras. Apesar de ser o método contraceptivo mais usual, o país lidera o ranking global de mulheres que mais se esquecem de tomar o medicamento. Os dados mostram que 58% delas deixam de ingerir o remédio pelo menos uma vez por mês devido ao esquecimento. A média mundial é de 39%. A pesquisa foi feita em 9 países pela Bayer, e, no Brasil, o estudo teve parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ao todo, 4,5 mil mulheres entre 21 e 29 anos foram entrevistadas.

Segundo a PNDS, apesar dos efeitos colaterais e da busca por medicamentos mais naturais, o uso oral da pílula ainda é o método mais recorrente no Brasil para evitar gravidez. Os médicos, porém, indicam que, se essa for a opção escolhida, haja regularidade e disciplina para cumprir as orientações, pois, com o uso inadequado, o índice de falha do método, que é desprezível (0,3%), pode aumentar para 9%. Uma outra preocupação é que as brasileiras também estão na lista das que menos associam o anticoncepcional oral ao uso de camisinha (6%), aumentando o risco de contágio de doenças sexualmente transmissíveis.

Quando somamos o esquecimento da pílula com a pouca utilização de camisinha, os números de gestações não planejadas aumenta: de acordo com o Ministério da Saúde, metade delas são indesejadas. Entre as jovens ouvidas na pesquisa, 40% delas não consideram importante o horário fixo de tomar o medicamento, por exemplo, aumentando a chance de gravidez não planejada. É preciso cuidado e rigor no uso do método para que o seu funcionamento seja efetivo.

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