Animais de estimação tornam bebês menos sujeitos à alergias e obesidade

Flickr/Reprodução

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, afirmou que, ao contrário do que muita gente diz, ter animais de estimação em casa – principalmente cachorros – pode ser bom para bebês . A exposição a algumas bactérias ajudaria a desenvolver ainda mais a imunidade das crianças, tornando-as menos propensas a se tornarem obesas ou alérgicas no futuro, segundo as informações publicadas no Daily Mail.

Mais de 700 crianças foram observadas na pesquisa, entre os anos de 2009 e 2012. Suas mães foram selecionadas para o estudo quando ainda durante a gestação. Os cientistas perguntaram a elas se a casa possuía animais de estimação, primeiro no segundo ou terceiro trimestre da gravidez, e novamente após três meses do nascimento da criança.

Os cientistas analisaram amostras fecais das crianças, também quando elas completaram três meses de vida. Foram comparados os dados dos bebês expostos aos bichos apenas nos úteros das mães, com os daqueles que conviveram com os animais tanto antes quanto depois de seu nascimento, e também dos que nunca haviam sido expostos.

Os dados comprovaram que a exposição aos animais, tanto anterior quanto posteriormente ao nascimento, causa uma alteração benéfica na flora intestinal das crianças. A concentração das bactérias Ruminococcus e Oscillospira, ligadas à redução de alergias e obesidade infantil, respectivamente, é até duas vezes maior do que nos bebês que não conviveram com animais de estimação.

Além disso, eles comprovaram que a exposição promove essa alteração de forma indireta – ou seja, o animal afeta a mãe, que então afeta o bebê. Desse modo, a mudança pode acontecer mesmo em crianças cujos pais se desfizeram de seu cão ou de seu gato logo antes de seu nascimento.

Outro benefício comprovado na pesquisa é que a convivência com os bichinhos diminui a probabilidade de transmissão da bactéria Estreptococo do Grupo B, ou GBS, da mãe para o bebê, durante o nascimento; caso a infecção ocorra, o recém-nascido fica sujeito a desenvolver graves doenças já em seus primeiros dias de vida, como a pneumonia, e até então a forma mais comum de evitar a transmissão era a administração de antibióticos no momento do parto.

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