Avião movido a energia solar completa volta ao mundo

Solar Impulse/Facebook

O avião Solar Impulse 2, movido por luz do sol, completou nesta terça-feira, 26 de julho, uma viagem de volta ao mundo. O acontecimento, classificado por cientistas como histórico, teve seu fim no aeroporto de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O avião tira energia de 17 mil células solares e tem o peso de um carro. Apesar do pouco peso para uma aeronave, tem a largura de um avião Jumbo. Até o momento, o feito do Solar Impulse 2 não é visto como algo que mudará completamente a indústria de aviões, porém, serve como prova de funcionamento e ponto de partida para novas experiências focadas em energias renováveis. As informações são do site de curiosidades científicas IFLS.

A viagem do Solar Impulse 2 começou em Abu Dhabi, em 9 de março de 2015, e percorreu mais de 43 mil quilômetros, sobrevoando a Ásia, Oceano Pacífico, Estados Unidos, Oceano Atlântico e Oriente Médio. Ao todo, foram 17 paradas. Na última, foram dois dias de viagem entre o Cairo, capital do Egito, até Abu Dhabi.

Solar Impulse/Facebook

Para tornar a aeronave o mais leve possível, os pilotos suíços Bertrand Piccard e André Borschberg, viajavam sem muitos dos confortos geralmente encontrados nas aeronaves, como aquecimento ou ar-condicionado. Idas aos banheiros ocorriam em um buraco no próprio assento do piloto e a duração do sono não ultrapassava os 20 minutos, mesmo em voos com duração de vários dias.

Para coletar o máximo de luz solar possível, o avião voava acima das nuvens e descia apenas durante a noite para economizar bateria. A energia solar não fornecia muita potência ao Solar Impulse 2, que atinge a velocidade máxima de 75 km/h.

Solar Impulse/Facebook

Ao longo da sua viagem, o Solar Impulse 2 quebrou alguns recordes, como o voo solo de avião mais longo já realizado, durando cinco dias, entre o Japão e o Havaí em junho de 2015. Piccard se tornou a primeira pessoa a atravessar o Oceano Atlântico em um avião solar, no trecho entre Nova York e Sevilha, realizado em junho de 2016. “Este pioneirismo não entra apenas para a história da aviação, mas também para a história da energia”, disse Piccard em entrevista após aterrissar. “As mesmas tecnologias limpas utilizadas no Solar Impulse poderiam ser implementadas na nossa vida”, complementou.

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