Algodão doce de maconha chega oficialmente às lojas

B Edible / Instagram

O consumo de maconha na culinária atingiu mais um nível nos Estados Unidos: agora é possível ingerir até 100 mg de THC, o principal componente ativo da erva, em forma de algodão doce. A empresa responsável por juntar o extrato de canabidiol ao açúcar em um processo de laboratório, livre de solventes e “o mais natural possível” se chama B Edible. Além do algodão doce, que vem embalado em um pote, eles também vendem a matéria prima em cubo, para ser dissolvida em bebidas. Para agradar a todos os paladares, o algodão tem diversos sabores: melancia, laranja e até mesmo manga são os mais populares. Seguindo a onda “natural” do negócio, todos os alimentos são livres de glúten e feitos com açúcar orgânico, sem nenhum corante.

A criadora da iguaria, Vanessa Corrales, explicou ao portal norte-americano Jane Street que sempre teve dificuldade em conversar com amigos próximos e familiares sobre a erva, logo, decidiu transformá-la em algo mais leve e criativo. “Todo mundo ama algodão doce. É algo que nos leva de volta à infância, a momentos felizes com a família”, explicou. “Eu gostaria de ter tido esta opção quando tive minhas piores crises de endometriose. Ao invés de comer algo assim, ia ao hospital e era entupida de remédios. Aquilo me deixava doida”, lembra. A comida, porém, só é vendida a pacientes com prescrição médica para utilizar a droga (a mesma é dada por médicos e varia desde para a cura de uma leve dor de cabeça até atenuamento de sintomas de doenças mais graves, como o câncer).

A empresa vende os potes de algodão doce e os cubos de açúcar para lojas terceirizadas especializadas neste tipo de culinária, que a repassam para o público. O B Edible também realiza eventos como casamentos e despedidas de solteiros, adicionando o algodão doce em drinks e outros quitutes. A permissão de venda de alimentos com óleo de canabidiol na composição em alguns estados dos Estados Unidos ocorreu em 2014. Os primeiros estados a permitirem a venda da droga para uso recreativo em adultos foram Colorado e Washington. Desde então, estima-se que 1/3 do mercado do canabidiol nos Estados Unidos seja voltado apenas para comidas. No Brasil, a maconha foi reconhecida como planta medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o março de 2017.

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