Acerola brasileira teve origem no Recife

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Se hoje é reconhecida como uma forte aliada na reposição de Vitamina C em todo o Brasil, é a uma pernambucana que o país deve agradecer. Terceira mulher a concluir o curso de engenharia agrônomica no estado, no ano de 1948, Maria Celene Ferreira Cardoso de Almeida trouxe as primeiras sementes da fruta ao território nacional.

O nome acerola sequer existia – as sementes eram de “cereja das antilhas”. A importação veio do país latino da América Central Porto Rico, onde a professora emérita da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica realizava pós-graduação. Foi no campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no bairro de Dois Irmãos, que cresceram as primeiras árvores da acerola nacional.

UFRPE/Divulgação

Autora do artigo A mulher e a profissão agronômica, que pretendia motivar mulheres a vencer preconceitos sociais e enveredar pelas mais diversas áreas da ciência, ela se formou numa turma de 40 alunos, onde havia apenas outra mulher.

Estudou ainda educação agropecuária na Venezuela e se aposentou depois de transmitir conhecimentos por quase cinco décadas. A mãe da acerola se despediu em setembro de 2012. Restam a seus frutos carregar sua memória.

Ed Wanderley

Ed Wanderley

Repórter multimídia

Ed é repórter do Diario desde 2010. Escreve, em geral, nas áreas de Direitos Humanos, História, Economia e Desenvolvimento Social, com foco em jornalismo de dados e digital. Já catou acerola, mas prefere o suco à comer a fruta – e ainda não plantou nada que valha a pena mencionar.